A Exposição Homem ao Mar, resultado de um documentário feito por mim no litoral sul brasileiro, abordando a cultura dos descendentes de açorianos que alí residem, permaneceu no Museu Nacional de Brasília, no Conjunto Cultural da República, por cerca de dois meses. A exposição estava prevista para terminar em 15 de junho, entretanto foi prorrogada até a ultima quinta feira, dia 23 de Julho, e teve muito boa visitação.
Agradeço a atencão e carinho de todos os profissionais deste Museu, a começar por seu Diretor, Vagner Barja, seu Diretor Artístico, Lamartine José e por toda a equipe, que faz desse espaço cultural um dos mais visitados e melhor conceituados de nosso país. Agradeço também ao Ministério da Cultura, que possibilitou a realização dessa exposição, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
As expedições do projeto Brasil Boiadeiro tiveram um pequeno intervalo, para férias anuais dos integrantes de nossa equipe e para que eu pudesse me dedicar a essa exposição de meu trabalho anterior, fazendo com que seu resultado chegue ao público brasileiro, que pode gratuitamente ter acesso ao seu conteúdo.
Nossa próxima expedição acontecerá em 10 de janeiro, e percorrerá o Pantanal.
Conheça o projeto Brasil Boiadeiro. Através desse Blog você poderá falar diretamente com os documentaristas que estão trabalhando na preservação da cultura do homem do campo brasileiro.
Jacarés da Fazenda Santa Cruz
Filhote de Arara Azul
Cavaleiros no alagado
terça-feira, 28 de julho de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Expedição Paraty – Bocaina
Percorremos a região de Paraty-RJ, Cunha-SP e São Luís do Paraitinga-SP, cidades que se encontram na rota da antiga Estrada Real, ou Caminho do Ouro. É surpreendente, pois a cidade de Paraty, que era o ponto final dessa rota, hoje nos é mostrada pela mídia apenas como destino turístico, parecendo-nos ser mais uma vitima da globalização, que se incumbe de pasteurizar a cultura dos povos. Entretanto, encontramos fortes influencias do convívio com a criação bovina na cultura popular de Paraty, que nos mostrou ter resistido à invasão dos turistas.
O primeiro tema abordado pelo documentário foi a procissão à cavalo em louvor à São Jorge, que, para a igreja católica, deixou de ser Santo, mas que para os populares de Paraty merece ainda toda a devoção e fé. Aliás, a procissão contou com a presença do Padre Roberto Carlos, que abençoou a todos os cavaleiros.
Alem dessa procissão lá registramos uma dupla de Cirandeiros, que se apresentam na via pública, em pleno Centro Histórico de Paraty; a culinária local, representada no prato Azul Marinho; os alambiques de cachaça, que produzem excelente bebida; a capoeira, que bem representa nossa matriz africana e a música em canto coral da Tribo Itaxi Mirim, da etnia Guarani, representado nossa matriz indígena.
É interessante notar nessa região o encontro da cultura Caiçara com a Caipira, o pescador não deixa de ter sua roça, seu cavalo e, por vezes, alguma vaquinhas, bem como o homem do campo, além de plantar e criar seu gado, vez ou outra pega uma canoa e se põe a pescar. Notei porém, em algumas entrevistas, que cada um desses identifica-se mais com uma ou outra cultura, podendo definir-se como caiçara ou boiadeiro de acordo com seu sentimento intimo.
Estamos processando as imagens obtidas e em breve teremos algumas no site.
O primeiro tema abordado pelo documentário foi a procissão à cavalo em louvor à São Jorge, que, para a igreja católica, deixou de ser Santo, mas que para os populares de Paraty merece ainda toda a devoção e fé. Aliás, a procissão contou com a presença do Padre Roberto Carlos, que abençoou a todos os cavaleiros.
Alem dessa procissão lá registramos uma dupla de Cirandeiros, que se apresentam na via pública, em pleno Centro Histórico de Paraty; a culinária local, representada no prato Azul Marinho; os alambiques de cachaça, que produzem excelente bebida; a capoeira, que bem representa nossa matriz africana e a música em canto coral da Tribo Itaxi Mirim, da etnia Guarani, representado nossa matriz indígena.
É interessante notar nessa região o encontro da cultura Caiçara com a Caipira, o pescador não deixa de ter sua roça, seu cavalo e, por vezes, alguma vaquinhas, bem como o homem do campo, além de plantar e criar seu gado, vez ou outra pega uma canoa e se põe a pescar. Notei porém, em algumas entrevistas, que cada um desses identifica-se mais com uma ou outra cultura, podendo definir-se como caiçara ou boiadeiro de acordo com seu sentimento intimo.
Estamos processando as imagens obtidas e em breve teremos algumas no site.
sábado, 16 de maio de 2009
Sao Jose do Barreiro na Revista 4x4 e Cia.
Estive São José do Barreiro, hospedado na Fazenda de Barra, e aproveitei para escrever uma matéria sobre essa bonita cidade para os leitores de 4x4 e Cia, revista parceira de nosso projeto. A reportagem está publicada nessa edição de maio/2009, já nas bancas, mas abaixo trancrevo o texto para acesso dos que aqui nos acompanham.
São José do Barreiro: a cicatriz, a serra e os traços da história
Quem passa por São José do Barreiro, pequeno município do leste paulista, tem a sensação de ter voltado no tempo. Ali há casarões de taipa com telhados enegrecidos pelo limo, ruas calçadas com paralelepípedos e gente tranquila sentada nos bancos da pracinha central ou observando o mundo através de suas janelas. O cenário é envolvente. Ao deixar-se por ele levar, experimenta-se uma sensação de bem estar espiritual.
São José pertence ao Vale Histórico, situado na Serra da Bocaina, composto ainda pelos municípios de Queluz, Areias, Silveiras, Arapeí, Bananal. A cidade nasceu, como todas as outras de sua região, de antigos pousos de tropeiros.
Nessa serra se encontra um dos caminhos históricos mais importantes para a formação do Brasil: a Estrada Real, já poeticamente chamada de “cicatriz” pois por meio dela sangrou, durante muitos anos, a riqueza das Minas Gerais, com destino à Europa. Os tropeiros por ali passavam levando ouro e, na volta dos portos litorâneos de Paraty ou Mambucaba - localizada na baía de Angra dos Reis -, traziam peixe seco, cachaça, farinha e outras mercadorias que seriam vendidas aos mineiros. Num ponto onde atravessavam um pequeno rio, pelo constante pisar das mulas e burros carregados, formou-se um atoleiro, que de tão grande ficou conhecido pelos viajantes como Barreiro, alcunha essa que, cá para nós, soa como uma linda sinfonia aos ouvidos de qualquer jipeiro.
As diversas trilhas que levam aos pontos turísticos locais confirmam o sugestivo nome. São José está, portanto, qualificada como paraíso para aqueles que apreciam um desafio off-road. Para se chegar ao Cachoeirão, ao Sertão do Jardim ou ao Sertão do Bonito, por exemplo, lugares esses de grande beleza natural, sempre é necessário passar por caminhos que oferecem variados graus de dificuldade para sua transposição. Há opções que satisfazem tanto o iniciante quanto os pilotos mais experientes.
Para a hospedagem existem algumas pousadas urbanas, mas o interessante mesmo é buscar um local no campo. No passado, a região foi produtora de café - vocação abandonada após a famigerada crise de 1929 -, o que conferiu uma marca arquitetônica nas imponentes casas de fazenda, algumas dessas hoje transformadas em charmosos hotéis.
Na maioria das propriedades rurais ainda podemos identificar a casa-sede, onde viviam os proprietários, a senzala dos escravos, os terreiros com piso de tijolos para a secagem dos grãos e a estrutura para o beneficiamento do café. Nesse cenário o visitante pode vivenciar o dia-a-dia de uma fazenda, desfrutando ainda de passeios a cavalo, caminhadas pelo campo, banhos de cachoeira e outras gostosas atividades oferecidas.
A culinária tropeira, praticada na maioria desses hotéis, é ponto alto. Trata-se de uma cozinha simples e saborosa, sempre acompanhada de doces caseiros, queijos artesanais e outros quitutes típicos. Por ali, vale conhecer também os alambiques que elaboram boa cachaça, como o que produz a famosa São Bento.
Se exagerar um pouco no garfo, não se preocupe com o possível ganho de massa corporal. Não faltam atividades para queimar as calorias adquiridas. Experimente a prática do trekking, que ali pode ser feito com a estrutura e assistência oferecidas por agências especializadas no esporte. São vários os programas de caminhadas pelas diversas trilhas, de passeios às cachoeiras próximas até a travessia das serras da Bocaina e do Mar, feita pela Estrada Real - no trecho, com calçamento de pedras. É um caminho que só pode ser feito a pé.
Não se esqueça do equipamento fotográfico. A beleza natural dessas serras é exuberante e merece ser registrada.
Pela trilha
Formoso - Sertão do Bonito
A trilha que escolhemos parte do Distrito de Formoso, que pertence a São José do Barreiro. Vai até o Sertão do Bonito. Não anotamos o trecho entre São José do Barreiro e Formoso por ser asfaltado e sinalizado. Iniciamos, portanto, da praça central, em frente ao posto de saúde de Formoso. Coube ao tarimbado jipeiro brasiliense Hermes Gomes o volante, enquanto pude me concentrar na produção das fotografias.
O caminho é realmente muito bonito, passando por vários riachos e próximo a cachoeiras. A beleza natural da trilha é o principal atrativo. Havíamos planejado um piquenique no Sertão do Bonito - e a atividade se revelou providencial, já que, com a demora para a conclusão da trilha, era grande a fome que tínhamos ao concluí-la.
Com tempo seco, não pudemos experimentar o barro que deu nome à cidade. As maiores dificuldades da trilha foram as pedras, buracos e o acentuado aclive do caminho. Em certos momentos, parecia-nos mais uma escalada do que qualquer outra coisa. Hermes fez uma pilotagem cirúrgica, buscando sempre o melhor local de passagem, evitando pedras que pudessem prender o fundo do Jipe e provocar algum dando à mecânica ou aos pneus. O veículo utilizado foi um Jeep Grand Cherokee 2008, que venceu o trajeto com ótima performance.
São José do Barreiro: a cicatriz, a serra e os traços da história
Quem passa por São José do Barreiro, pequeno município do leste paulista, tem a sensação de ter voltado no tempo. Ali há casarões de taipa com telhados enegrecidos pelo limo, ruas calçadas com paralelepípedos e gente tranquila sentada nos bancos da pracinha central ou observando o mundo através de suas janelas. O cenário é envolvente. Ao deixar-se por ele levar, experimenta-se uma sensação de bem estar espiritual.
São José pertence ao Vale Histórico, situado na Serra da Bocaina, composto ainda pelos municípios de Queluz, Areias, Silveiras, Arapeí, Bananal. A cidade nasceu, como todas as outras de sua região, de antigos pousos de tropeiros.
Nessa serra se encontra um dos caminhos históricos mais importantes para a formação do Brasil: a Estrada Real, já poeticamente chamada de “cicatriz” pois por meio dela sangrou, durante muitos anos, a riqueza das Minas Gerais, com destino à Europa. Os tropeiros por ali passavam levando ouro e, na volta dos portos litorâneos de Paraty ou Mambucaba - localizada na baía de Angra dos Reis -, traziam peixe seco, cachaça, farinha e outras mercadorias que seriam vendidas aos mineiros. Num ponto onde atravessavam um pequeno rio, pelo constante pisar das mulas e burros carregados, formou-se um atoleiro, que de tão grande ficou conhecido pelos viajantes como Barreiro, alcunha essa que, cá para nós, soa como uma linda sinfonia aos ouvidos de qualquer jipeiro.
As diversas trilhas que levam aos pontos turísticos locais confirmam o sugestivo nome. São José está, portanto, qualificada como paraíso para aqueles que apreciam um desafio off-road. Para se chegar ao Cachoeirão, ao Sertão do Jardim ou ao Sertão do Bonito, por exemplo, lugares esses de grande beleza natural, sempre é necessário passar por caminhos que oferecem variados graus de dificuldade para sua transposição. Há opções que satisfazem tanto o iniciante quanto os pilotos mais experientes.
Para a hospedagem existem algumas pousadas urbanas, mas o interessante mesmo é buscar um local no campo. No passado, a região foi produtora de café - vocação abandonada após a famigerada crise de 1929 -, o que conferiu uma marca arquitetônica nas imponentes casas de fazenda, algumas dessas hoje transformadas em charmosos hotéis.
Na maioria das propriedades rurais ainda podemos identificar a casa-sede, onde viviam os proprietários, a senzala dos escravos, os terreiros com piso de tijolos para a secagem dos grãos e a estrutura para o beneficiamento do café. Nesse cenário o visitante pode vivenciar o dia-a-dia de uma fazenda, desfrutando ainda de passeios a cavalo, caminhadas pelo campo, banhos de cachoeira e outras gostosas atividades oferecidas.
A culinária tropeira, praticada na maioria desses hotéis, é ponto alto. Trata-se de uma cozinha simples e saborosa, sempre acompanhada de doces caseiros, queijos artesanais e outros quitutes típicos. Por ali, vale conhecer também os alambiques que elaboram boa cachaça, como o que produz a famosa São Bento.
Se exagerar um pouco no garfo, não se preocupe com o possível ganho de massa corporal. Não faltam atividades para queimar as calorias adquiridas. Experimente a prática do trekking, que ali pode ser feito com a estrutura e assistência oferecidas por agências especializadas no esporte. São vários os programas de caminhadas pelas diversas trilhas, de passeios às cachoeiras próximas até a travessia das serras da Bocaina e do Mar, feita pela Estrada Real - no trecho, com calçamento de pedras. É um caminho que só pode ser feito a pé.
Não se esqueça do equipamento fotográfico. A beleza natural dessas serras é exuberante e merece ser registrada.
Pela trilha
Formoso - Sertão do Bonito
A trilha que escolhemos parte do Distrito de Formoso, que pertence a São José do Barreiro. Vai até o Sertão do Bonito. Não anotamos o trecho entre São José do Barreiro e Formoso por ser asfaltado e sinalizado. Iniciamos, portanto, da praça central, em frente ao posto de saúde de Formoso. Coube ao tarimbado jipeiro brasiliense Hermes Gomes o volante, enquanto pude me concentrar na produção das fotografias.
O caminho é realmente muito bonito, passando por vários riachos e próximo a cachoeiras. A beleza natural da trilha é o principal atrativo. Havíamos planejado um piquenique no Sertão do Bonito - e a atividade se revelou providencial, já que, com a demora para a conclusão da trilha, era grande a fome que tínhamos ao concluí-la.
Com tempo seco, não pudemos experimentar o barro que deu nome à cidade. As maiores dificuldades da trilha foram as pedras, buracos e o acentuado aclive do caminho. Em certos momentos, parecia-nos mais uma escalada do que qualquer outra coisa. Hermes fez uma pilotagem cirúrgica, buscando sempre o melhor local de passagem, evitando pedras que pudessem prender o fundo do Jipe e provocar algum dando à mecânica ou aos pneus. O veículo utilizado foi um Jeep Grand Cherokee 2008, que venceu o trajeto com ótima performance.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Expedição Brasil Sulino
Nos meses de Março e Abril estivemos entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, percorremos os municípios de Vacaria-RS, Lages-SC, Urubici-SC e São Joaquim-SC.
Iniciamos por Vacaria, onde pudemos registrar várias nuances da cultura local, com o apoio da Prefeitura Municipal. Acompanhamos uma típica lida campeira, que faz parte do dia a dia do gaúcho, na Estância do simpático Tio Paulo. Após a dura lida desfrutamos de um churrasco de ovelha, carneada pelo famoso ginete Vomir de Paula e preparada durante a noite numa churrasqueira interna, na casa da fazenda. O combustível para o fogo foi lenha, que teve a carne colocada sobre ela apenas após tornar-se brasa. O sabor com toque defumado é inesquecível, realmente muito bom. A presença da familia do Tio Paulo, de seu pai, Tio Sena e dos amigos Cicero; Rajado; Boni, guitarrista dos bons; Barbosa, firme no pandeiro; Volmir e outros, que conosco participaram daquela animada noite, é coisa que ficará na memória de todos de nossa equipe para sempre. A hospitalidade gaúcha é marca registrada do sulista, mas o calor humano com que nos receberam foi além disso, sentimo-nos em casa, como se parte daquela familia fizessemos.
Seguimos de lá para Lages, onde conhecemos uma bela região chamada Coxilha Rica. Conhecemos o Caminho das Tropas, que nessa região eram conduzidas por extensos corredores limitados lateralmente por muros de pedras, lá chamados por “cerca de taipa”. Essa nomenclatura para muros de pedra é também usada nos Açores, o que é um indicativo da origem dos gaúchos que colonizaram essa região, que tinham como representantes de sua matriz lusa os portugueses desse arquipélago.
De Lages seguimos para Urubici, que impressiona por sua beleza natural. Em seu território temos o ponto mais elevado da região sul do Brasil, o Campo dos Padres. Ali existem também exuberantes cachoeiras, cavernas e diversos locais com inscrições rupestres, sinais de um Brasil ancestral. Tio Helio, estancieiro local, recebeu-nos como filhos. Em sua casa pudemos provar do churrasco em fogo de chão e presenciar o Tiro de Laço, prova essa em que seu filho sagrou-se campeão nacional.
São Joaquim foi nosso destino final, nessa expedição. Lá presenciamos a colheita de uva Cabernet Sauvignon, para produção de vinho. Provamos ainda um excelente Sauvignon Blanc, produzido pela Cooperativa Sanjo.
Fica nosso agradecimento sincero às Prefeituras de Vacaria, Lages e Urubici, que com seu pessoal tornaram possível mais essa expedição em busca de cultura genuinamente brasileira.
Em alguns dias teremos algumas fotografias dessa expedição em nosso site.
Iniciamos por Vacaria, onde pudemos registrar várias nuances da cultura local, com o apoio da Prefeitura Municipal. Acompanhamos uma típica lida campeira, que faz parte do dia a dia do gaúcho, na Estância do simpático Tio Paulo. Após a dura lida desfrutamos de um churrasco de ovelha, carneada pelo famoso ginete Vomir de Paula e preparada durante a noite numa churrasqueira interna, na casa da fazenda. O combustível para o fogo foi lenha, que teve a carne colocada sobre ela apenas após tornar-se brasa. O sabor com toque defumado é inesquecível, realmente muito bom. A presença da familia do Tio Paulo, de seu pai, Tio Sena e dos amigos Cicero; Rajado; Boni, guitarrista dos bons; Barbosa, firme no pandeiro; Volmir e outros, que conosco participaram daquela animada noite, é coisa que ficará na memória de todos de nossa equipe para sempre. A hospitalidade gaúcha é marca registrada do sulista, mas o calor humano com que nos receberam foi além disso, sentimo-nos em casa, como se parte daquela familia fizessemos.
Seguimos de lá para Lages, onde conhecemos uma bela região chamada Coxilha Rica. Conhecemos o Caminho das Tropas, que nessa região eram conduzidas por extensos corredores limitados lateralmente por muros de pedras, lá chamados por “cerca de taipa”. Essa nomenclatura para muros de pedra é também usada nos Açores, o que é um indicativo da origem dos gaúchos que colonizaram essa região, que tinham como representantes de sua matriz lusa os portugueses desse arquipélago.
De Lages seguimos para Urubici, que impressiona por sua beleza natural. Em seu território temos o ponto mais elevado da região sul do Brasil, o Campo dos Padres. Ali existem também exuberantes cachoeiras, cavernas e diversos locais com inscrições rupestres, sinais de um Brasil ancestral. Tio Helio, estancieiro local, recebeu-nos como filhos. Em sua casa pudemos provar do churrasco em fogo de chão e presenciar o Tiro de Laço, prova essa em que seu filho sagrou-se campeão nacional.
São Joaquim foi nosso destino final, nessa expedição. Lá presenciamos a colheita de uva Cabernet Sauvignon, para produção de vinho. Provamos ainda um excelente Sauvignon Blanc, produzido pela Cooperativa Sanjo.
Fica nosso agradecimento sincero às Prefeituras de Vacaria, Lages e Urubici, que com seu pessoal tornaram possível mais essa expedição em busca de cultura genuinamente brasileira.
Em alguns dias teremos algumas fotografias dessa expedição em nosso site.
sábado, 18 de abril de 2009
Expedição Estrada Real
Em 23 de abril nossa equipe de documentaristas estará em Parati-RJ, que é o ponto final da antiga Estrada Real, também chamada de Caminho do Ouro ou, mais poeticamente, de Grande Cicatriz, por onde sangraram as riquezas de nossas Minas Gerais com destino à Europa.
De Parati seguiremos para Cunha-SP e depois para São Luís do Paraitinga. Estas cidades culturalmente pertencem à Paulistânia Caipira, região sobre a qual temos um texto publicado nesse Blog.
Esperamos, em breve, poder publicar no site do projeto as fotografias e textos referentes a mais essa expedição.
De Parati seguiremos para Cunha-SP e depois para São Luís do Paraitinga. Estas cidades culturalmente pertencem à Paulistânia Caipira, região sobre a qual temos um texto publicado nesse Blog.
Esperamos, em breve, poder publicar no site do projeto as fotografias e textos referentes a mais essa expedição.
domingo, 12 de abril de 2009
Nosso projeto cresceu
Recentemente obtivemos patrocínio para o projeto Brasil Boiadeiro, cuja temática é idêntica ao Boiadeiros-SP, entretanto a área de cobertura desse documentário se entende a todo o Brasil, e não somente ao Estado de São Paulo.
Com isso, resolvemos centralizar os dois projetos num único site na internet, www.boiadeiros.org.br , que deverá entrar em funcionamento ainda na primeira quinzena desse mês de abril. Nesse endereço concentraremos todas as informações e imagens captadas em ambos os documentários, usando também esse mesmo Blog, no qual agora escrevo, para o contato de nossos documentaristas com o público.
Agradecemos nossos patrocinadores pela iniciativa de estender a todo o Brasil nosso documentário, o que garantirá o registro da cultura de nossa população rural e conseqüente preservação do patrimônio cultural imaterial brasileiro.
Com isso, resolvemos centralizar os dois projetos num único site na internet, www.boiadeiros.org.br , que deverá entrar em funcionamento ainda na primeira quinzena desse mês de abril. Nesse endereço concentraremos todas as informações e imagens captadas em ambos os documentários, usando também esse mesmo Blog, no qual agora escrevo, para o contato de nossos documentaristas com o público.
Agradecemos nossos patrocinadores pela iniciativa de estender a todo o Brasil nosso documentário, o que garantirá o registro da cultura de nossa população rural e conseqüente preservação do patrimônio cultural imaterial brasileiro.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
O gaucho sem fronteiras
Entre o final do mês de março e início de abril percorremos a região sul do Brasil, focando a fronteira dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde predomina a cultura do gaúcho, que não se restringe às fronteiras geográficas estabelecidas, aliás essa cultura é anterior à definição dos limites tanto entre os Estados como países da América do Sul.
A grande novidade é que ganhamos a companhia do Canal Rural em nosso projeto, que passa a produzir em conjunto com a Minerva Produção Cultural um documentário filmado de igual tema que o por nós abordado através da fotografia.
As imagens e depoimentos colhidos foram muito ricos e em breve publicaremos no site www.boiadeiros-sp.com.br parte do material captado.
A grande novidade é que ganhamos a companhia do Canal Rural em nosso projeto, que passa a produzir em conjunto com a Minerva Produção Cultural um documentário filmado de igual tema que o por nós abordado através da fotografia.
As imagens e depoimentos colhidos foram muito ricos e em breve publicaremos no site www.boiadeiros-sp.com.br parte do material captado.
Grand Cherokee
Como noticiado, fizemos nossas primeiras expedições exploratórias usando a picape Dodge Ram, que nos surpreendeu positivamente por sua excelente performance ao enfrentar difíceis caminhos. Para nossa incursão ao sul do país, na divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul recebemos um segundo veículo, a Grand Cherokee 4.7 Limited, um veículo que agrega o conforto comum aos luxuosos sedans à garra de um 4x4 off road.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Dodge Ram
Recebemos, nessa semana, a picape que realizará a primeira expedição de Boiadeiros-SP. A Dodge Ram me impressionou pelo acabamento, conforto, moderna tecnologia nela empregada e potencia de seu motor. Realmente percorrer trilhas com um veículo 4x4 como este será um prazer para nossa equipe de documentaristas.
Em Fevereiro, nossa expedição registrará o carnaval de São Luiz do Paraitinga, aguardem as fotos e dados maiores sobre essa região do Estado de São Paulo, muito próxima do Rio de Janeiro, e rica de manifestações populares.
Em Fevereiro, nossa expedição registrará o carnaval de São Luiz do Paraitinga, aguardem as fotos e dados maiores sobre essa região do Estado de São Paulo, muito próxima do Rio de Janeiro, e rica de manifestações populares.
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